Histórias
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Nintendo Entertainment System (Nes)

  Em 1984 a grande maioria das empresas fabricantes de video-games dos Estados Unidos descobriram o que acontecia quando a produção de jogos se tornava medíocre: FALÊNCIA.

    Muitos acreditavam que nunca mais os video-games conseguiriam ter sucesso, até porque os jogos produzidos entre os anos de 1983/1984 eram muito ruins (com algumas exceções), então as pessoas tinham a visão de que nada bom e divertido poderia ser produzido.

    Mas já em 1983 os americanos escutavam um som vindo do oriente. Esse som era das vendas do Famicom no Japão.

    Hiroshi Yamauchi, presidente da "Nintendo Co. Ltd" do Japão na época, queria a todo custo entrar no mercado americano. Esse trabalho ficou a cargo de Minoru Arakawa, genro de Hiroshi Yamauchi, que em Maio de 1980 já havia fundado a "Nintendo of America".

    Inicialmente a Nintendo tinha planos de encontrar um parceiro para a distribuição do Famicom nos Estados Unidos. Em 1983 uma das primeiras empresas a ser procurada foi a Atari. O acordo seria para a Atari distribuir o Famicom (que seria batizado de "Nintendo Enhanced Video System") para qualquer lugar fora do Japão. Esse acordo estava tão próximo de ser firmado que seria assinado na CES (Consumer Electronic Show) de Junho do mesmo ano. Porém o acordo não foi adiante porque a Atari viu a Coleco demonstrando o jogo Donkey Kong para seu computador pessoal, o Adam, e assumiu que a Nintendo estaria também fazendo um acordo com uma de suas principais concorrentes.

    O mais interessante dessa história hoje em dia é imaginar o que aconteceria se a Atari não visse o Donkey Kong da Coleco e tivesse firmado o acordo com a Nintendo. Provavelmente teria abandonado o Famicom (ou "Nintendo Enhanced Video System"), assim eliminando um concorrente do seu aparelho, o Atari 7800. E ainda nesse cenário imaginário ver que na época do acordo com a Nintendo, a Atari perdia 2 milhões de dólares por dia, e a única coisa que a mantia longe da falência era a Warner Communications (hoje AOL Time Warner), dona 20% da Atari.

    Minoru Arakawa decidiu então produzir o aparelho por conta própria. Começou então o desenvolvimento do "Advanced Video System", com o design sendo feito por Lance Barr (que ainda trabalha na Nintendo of America), e que seria muito parecido com um computador pessoal. Primeiros protótipos do AVS: Foto 1, Foto 2 e Propaganda.

    A idéia era apresentar o AVS na feira CES de Janeiro de 1984, o que acabou acontecendo. Porém o aparelho não foi muito bem recebido. Outra tentativa foi realizada na CES de Junho de 1984 o que levou Arakawa a abandonar o projeto e começar tudo novamente do zero, já que o público infantil americano não estava interessado em escrever programas em BASIC e armazená-los em fitas K7. O que eles realmente queriam era diversão sem muito trabalho para chegar até ela.

Advanced Video System

    O AVS era um protótipo interessante, que lembra muito um computador MSX. E seus acessórios também não ficavam para trás. Controle, teclado, teclado de música, pistola, controle para simuladores, gravador para armazenar dados, tudo sem fio, através de infra- vermelho.

    Lance Barr e Don James começaram novamente a trabalhar no design do aparelho. Os primeiros modelos exibiam controles fixos, e na parte de trás uma porta extra, onde a Zapper ou qualquer outro controle poderia ser ligado, assim como é no Famicom. Alguns dos esboços: Desenho 1, Desenho 2, Desenho 3, Desenho 4 e o Desenho Final.

    Os designers chegaram perto da versão final na CES de Junho de 1985, onde novamente Arakawa pode exibir o aparelho ao público, já com seu nome final de "Nintendo Entertainment System", ou NES. Dessa vez a reação na feira foi muito melhor do que no ano anterior, ainda mais com a exibição do R.O.B. (Robot Operating Buddy), um robô que se movimentava de acordo com a ação que acontecia na tela. Porém, mesmo com tudo apresentado na CES, os compradores não estavam muito interessados no NES, o que levou a Nintendo a montar diversos Displays em lojas, se comprometer a retirar estoques não vendidos, aceitar pagamentos para até 90 dias e ainda montar uma programa para licenciar jogos batizado de "Nintendo Seal of Quality", onde só seriam licenciados jogos que atendessem os seus padrões mínimos de qualidade. Isso tudo foi devido aos jogos ruins produzidos antes de 1984, fazendo com que as lojas tivessem receio de que os fracassos do passado se repetissem novamente com o aparelho da Nintendo.

    O lançamento oficial do NES foi em 18 de Outubro de 1985, uma sexta-feira. A versão lançada (conhecida como "Deluxe Set") custava US$ 249,00 e consistia do console, 2 controles, a pistola Zapper, o robô ROB, e os jogos Duck Hunt e Gyromite.

Nintendo Entertainment System

    A febre japonesa em 1985 era um jogo chamado "Super Mario Bros.". A Nintendo não perdeu tempo, e lançou uma nova versão do NES chamada de "Action Set" (vendida por US$ 199,00). Dessa versão foram retirados o ROB e o jogo Gyromite e no lugar foi colocado o jogo Super Mario. Nesse momento era criado um dos mais conhecidos personagens de todos os tempos, o encanador "Mario" (que na grande maioria das vezes vem acompanhado pelo seu irmão "Luigi") e fez da versão "Action Set" a mais bem sucedida versão do NES.

    Além dessas duas versões, ainda tinha a "Power Set" que tinha os mesmos itens da versão "Action Set" porém adicionando o controle "Power Pad" e o jogo "World Class Track Meet".

    Com um marketing extremamente agressivo a Nintendo conseguiu mudar o rumo da história e transformar o NES em um dos maiores sucessos de todos os tempos. Até as pessoas que achavam que os video-games tinha chegado ao fim mudaram de opinião, porque realmente o NES trazia uma diversão que não se via a muito tempo.

Nintendo Entertainment System

    Com o passar do tempo os jogos foram ganhando mais qualidade e diversão, e com um política rígida e uma concorrência quase zero, a Nintendo facilmente conseguiu dominar o mercado americano.

Nintendo Entertainment System

    Mesmo com a chegada do "Master System" da Sega em 1987, que tecnicamente era melhor que o NES, a Nintendo conseguiu se manter no topo das vendas de aparelhos e jogos. Inclusive nesse mesmo ano, o NES se tornava o brinquedo mais vendido da América, e o jogo "The Legend of Zelda" era o primeiro a vender mais de 1 milhão de unidades.

Nintendo Entertainment System - Controle

    Isso ocorreu também pelo tipo de política que a Nintendo impunha sobre os fabricantes de jogos, onde a empresa que fabricasse um determinado jogo para o NES, fabricaria SOMENTE para o NES, e para mais nenhum outro aparelho.

    A parte ruim do NES e da Nintendo era a política de pagamentos de "Royalties" das empresas produtoras de jogos para a Nintendo. Além dos 20% que já ficavam para a Nintendo, todos os jogos deveriam ser encomendados para a própria Nintendo, ou seja, as empresas não podiam fabricar seus próprios cartuchos. E os 20% eram pagos sobre o total comprado da Nintendo e não o que era realmente vendido pela empresa produtora do jogo. Isso significava que se uma empresa encomendasse 1 milhão de cartuchos os "royalties" seriam pagos sobre 1 milhão de cartuchos. Caso a empresa vendesse somente 700 mil unidades, os 300 mil restante (e seus "royalties" já pagos) seriam prejuízo da própria empresa.

Nintendo Entertainment System

    O NES criou muitos clássicos, que são lembrados (e copiados) até hoje, como o próprio jogo do Mario, além de Metroid e Zelda/Link, e de jogos de empresas parceiras como "Mega Man" da Capcom, "Tartarugas Ninjas" da Konami, "Ninja Gaiden" da Tecmo e RPG's famosos como "Final Fantasy" da Square e "Dragon Warrior" da Enix.

    Depois do mercado americano foi a vez do mercado Europeu. Ron Judy foi o encarregado de repetir o sucesso do NES nos Estados Unidos por toda a Europa, porém a tarefa não seria fácil porque o Master System já havia sido lançado por lá e o marketing da "Nintendo of Europe" não chegava nem aos pés da "Nintendo of America" (e até mesmo nos dias de hoje isso ocorre). AS vendas foram regulares, nada que chegasse perto dos Estados Unidos ou do Japão.

Nintendo Entertainment System - Caixa - Frente

    As vendas do NES começaram a cair no ano de 1991, já com a chegada da era "16-bit", e claro, principalmente por causa do Super Nintendo e seu "Super Mario World". Mesmo assim duas novas versões do NES foram lançadas. A "Basic Set" consistia no console e 2 controles e a versão "Sport Set" que incluia tudo da versão "Basic Set" e mais o adaptador para 4 controles "NES Satellite" e 2 jogos em 1 cartucho, "Super Spike V'Ball" e "World Cup Soccer".

Nintendo Entertainment System - Caixa - Trás

    O último suspiro do NES foi em Dezembro de 1993 com o lançamento de um NES totalmente reformulado (também conhecido como "NES Top Loader"), com o preço de US$49,99.

Nintendo Entertainment System - Top Loader

    O NES foi totalmente descontinuado em Dezembro de 1994 com o lançamento de seu último jogo, o "Wario's Woods".

    Sem dúvida nenhuma o NES foi o aparelho que deu nova vida ao mercado de games fazendo com que essa "febre" dure até os dias de hoje.

O NES no Brasil

    A Playtronic (união das empresas Gradiente e da fabricante de brinquedos Estrela) lançou o "Nintendo Entertainment System" no Brasil em 1993. Mesmo sendo vendido em supermercados e lojas especializadas, infelizmente o NES original acabou passando despercebido pelo público porque naquele momento o mercado já era praticamente dominado pelos aparelhos 16-bits (principalmente pelo Mega Drive da Tec Toy) e na fatia de 8-bits que ainda restava, o Master System (também da Tec Toy) e diversos clones do NES (como o Phantom System da própria Gradiente) já eram encontrados em todos os cantos do Brasil. Inclusive a própria Playtronic com o lançamento do Super Nintendo contribuiu no ofuscamento do NES, e não podia ser diferente, já que a diferença entre o lançamento nos EUA e no Brasil foram de apenas "8 anos". =)

    Pelo lado positivo o NES brasileiro foi totalmente produzido por aqui, fato inédito já que todos os aparelhos eram produzidos exclusivamente no Japão.

Game Boy

 

    Em 1988, o NES já era um sucesso e tinha consigo massacrar a concorrência, porém, Gumpei Yokoi (grande inventor da Nintendo) sabia que a Nintendo precisava de outro produto, algo diferente para manter a vendas em alta. Então ele se voltou para sua criação de quase uma década atrás: o Game & Watch. Yokoi decidiu em elaborar um video-game portátil para a Nintendo.

    Uma grande expectativa foi criada em torno desse video-game, porque todos sabiam que se tratava de uma criação da Nintendo e de Yokoi, os grandes nomes dos games desse período.

    Em 1989, este portátil era lançado e batizado de Game Boy. O jogo que acompanhava o aparelho chamava-se Tetris. Jogo inovador que tem uma legião de fãs pelo mundo.

Game Boy

    A Nintendo uniu um ótimo sistema com um jogo muito conhecido conseguindo seu segundo sucesso no ramo dos video-games em pouquíssimo tempo.

Game Boy - Trás

    Mas uma vez a Nintendo não perdeu tempo, e reuniu um grande time de empresas para produção de jogos para o Game Boy. O Game Boy conseguiu rapidamente a mesma popularidade do NES.

Game Boy - Caixa

    Mesmo com a chegada de outros portáteis (Game Gear da Sega, Lynx da Atari e Turbo Express da Nec. Detalhe: Todos coloridos com iluminação própria) as vendas do Game Boy continuavam em alta. Um dos motivos desse sucesso, assim como aconteceu com o NES, é o fato da grande maioria das empresas de games, fabricarem jogos somente para o Game Boy, deixando os outros aparelhos de lado.

    O Game Boy é o aparelho de video-game de maior sucesso em todos os tempos. Suas vendas ultrapassam a marca de 60 milhões de aparelhos vendidos (incluindo todas as variações). É também o aparelho que a mais tempo esta sendo fabricado.

Game Boy

    Depois do lançamento das outras versões do Game Boy, o primeiro modelo foi batizado pelos gamers de GBT (Game Boy Tijolo), então não se assuste se você encontrar esse nome em algum lugar. =)

Game Boy

    Além da cor tradicional do Game Boy, muito tempo depois a Nintendo lançou uma série de cores para o Game Boy, usadas também no Game Boy Pocket. São elas: Yellow (Amarelo), Red (Vermelho), Clear (Transparente), Black (Preto) e Green (Verde).

Game Boy - Cores Extras

    No Brasil, o Game Boy foi lançado pela Gradiente e é facilmente encontrado, sendo compatível com os aparelhos fabricados em qualquer lugar do mundo.

 

Super Nintendo

    

    Após o grande sucesso do NES e com o mercado de 16-bits ficando cada vez mais forte com o Turbo Grafx-16 da NEC e o Genesis da Sega, toda a atenção foi voltada para a Nintendo e seu plano para lançamento do sucessor do NES nos Estados Unidos. Essa atenção se agravou ainda mais depois do lançamento do Super Famicom no Japão em 1990 e o enorme sucesso de vendas que foi por lá.

    Chegava então em 13 de Agosto de 1991 o Super Nintendo Entertainment System (também conhecido como SNES).

Super Nintendo Entertainment System

    O primeiro modelo vendido acompanhava console, 2 controles, os cabos necessários e o jogo Super Mario World, a um preço de US$ 199,00.

Super Nintendo Entertainment System

    Muitos acreditavam que o SNES conseguiria atingir rapidamente o sucesso alcançado pelo Super Famicom no Japão, porém isso não aconteceu. Os principais fatores que levaram a isso foram a falta de retrocompatibilidade com o NES e o console Sega Genesis já estar no mercado a pelo menos 4 anos, tendo ótimos jogos de esporte e conversões do arcade (além do ótimo jogo Sonic the Hedgehog), e ainda por cima custar em torno de US$ 50,00 a menos que o SNES. Tecnicamente, o Super Nintendo era superior ao seus concorrentes (com exceção de sua CPU muito lenta). Mais cores, maior resolução, e alguns recursos no hardware que dinimuiam o processamento na CPU. O principal deles é o "mode 7".

Super Nintendo Entertainment System

    Com esse recurso o fundo ou um objeto podia sofrer escala e/ou rotação, criando efeitos que até aquele momento não podiam ser realizados (exceto quando desenvolviam rotinas no próprio jogo, mas que consumiam muito o processamento da CPU e a memória do aparelho).

Super Nintendo Entertainment System - Controle

    Como esse tipo de recurso foi muito bem recebido pelo público, a Nintendo começou a produzir novos processadores que seriam incorporados no próprio cartucho, melhorando os recursos que seriam utilizados pelo jogo.

    No total foram produzidos 3 chips adicionais para os cartuchos do SNES. São eles:

        - DSP: Sigla de "Digital Signal Processor" (Processador de Sinal Digital). Esse chip permitia recursos mais avançados ao Mode 7, livrando ainda mais o trabalho da CPU. O jogo Super Mario Kart usava esse chip.

        - Super FX: Esse chip permitia a utilização de gráficos poligonais 3-D. Usava um processador RISC (Reduced Instruction Set Computer) que realizava com extrema rapidez cálculos aritméticos aumentando para 10,5Mhz a velocidade do SNES. O cartucho com esse tipo de chip continha contatos adicionais na placa de circuito impresso. O primeiro jogo a utilizar esse chip foi Star Fox. Nessa mesma base foi lançado o Super FX 2, que podia chegar a velocidades duas vezes mais rápidas que o chip FX original, deixando o SNES com 21,0Mhz.

Super FX

        - C4: Esse chip foi criado pela Capcom, para aprimorar os efeitos de transparência. Foi usado nos jogos Mega Man X2 e Mega Man X3. Idêntico ao Super FX, o C4 também utiliza contatos adicionais.

    Com esse tipo de tecnologia, o Super Nintendo alcançou o sucesso esperado por volta de 1994/1995, com a chegada de excelentes jogos e a grande maioria das empresas já se voltando para o mercado de 32-bits (especialmente a Sega, sua principal concorrente, que deixava o mercado de 16-bits). As vendas do SNES começaram a cair no ano de 1996, quando o mercado já sentia a força dos aparelhos de 32-bits (em especial o PlayStation da Sony) e o próprio Nintendo 64.

    Seguindo os mesmos passos do NES, a Nintendo lançou um nova versão do SNES (batizado informalmente como SNES 2 / SNES Baby / SNES Jr.) em 20 de Outubro de 1997. O pacote vinha com o console, 1 controle e o jogo "Super Mario World 2: Yoshi's Island" ao preço de US$ 99,00.

Super Nintendo Entertainment System

    O Super Nintendo deixou de ser produzido oficialmente em 1999. Estima-se que foram vendidos em torno de 20 milhões de aparelhos somente nos Estados Unidos e 29 milhões no mundo todo.

Super Nintendo Entertainment System

    No Brasil o SNES foi lançado em 1994, já pela Playtronic (união da Gradiente e da Estrela). Porém a versão nacional não teve muito sucesso, porque o mercado já estava "inundado" de aparelhos importados.

O Super Game Boy

 Lançado em 1994 é um dispositivo para o Super Nintendo que permite utilizar os jogos desenvolvidos para o Game Boy na televisão, usando os controles e o próprio Super Nintendo como interface. Se por um lado você perde a principal função do Game Boy (a de ser portátil), por outro lado você ganha a conveniência de poder jogar numa tela bem maior e com a possibilidade de cores em jogos feitos para o Super Game Boy.

Super Game Boy

    A tela do jogo fica centralizada no televisor, sobrando uma borda que é usada para mostrar desenhos já definidos no cartucho (caso seja compatível com o Super Game Boy) ou que pode ser preenchida por você usando as ferramentas do Super Game Boy.

    Todos os jogos desenvolvidos para o Game Boy são compatíveis com o Super Game Boy e com a possibilidade de jogar esses jogos com cores usando paletas pré-definidas. Já os jogos feitos para o Super Game Boy, utilizam ainda melhor os recursos que o Super Game Boy permite, como por exemplo, bordas, cores e até mesmo sons para o jogo. Para saber se o jogo foi desenvolvido para usar as vantagens do Super Game Boy é só procurar pelo logotipo em sua caixa, como o da foto abaixo.

Logotipo indicando jogo compatível com o Super Game Boy

    Um detalhe triste é que os jogos feitos para o Game Boy Color, que apesar de serem compatíveis com o Super Game Boy, não utilizam em nada seus recursos.

    Seu preço de venda no lançamento estava em torno de 40/50 dólares. Nenhum jogo acompanhava o Super Game Boy.

    Curiosidade: A versão do Super Nintendo do jogo Space Invaders está incluída na versão do Game Boy desse jogo, porém só pode ser acessada através do Super Game Boy.

    Entre as funções especiais disponíveis no Super Game Boy, estão:

- Color Palette Editor

    Permite alterar a paleta de cores que será utilizada pelo jogo. O Super Game Boy já vem com 32 esquemas pré-definidos e ainda conta com a possibilidade de se criar seu próprio esquema. No caso de jogos já compatíves com o Super Game Boy, os esquemas armazenados no cartucho também estarão disponíveis.

- Border Editor

    Permite alterar a borda que fica ao lado da tela do jogo. No Super Game Boy estão disponíveis 9 bordas pré-definidas, com a possibilidade de se criar sua própria borda ou importar dos jogos do Super Game Boy.

- Controller Set-Up Editor

    Permite configurar os botões do Super Nes. Opção muito limitada.

- Custom Color Editor

    Permite criar seus próprios esquemas de cores.

- Graffiti Editor

    Opção que permite criar bordas e telas personalizadas. Infelizmente nada criado pode ser armazenado, então, tudo o que for criado será apagado quando o aparelho for desligado.

O Super Game Boy 2

    Lançado no Japão para aproveitar o sucesso do jogo Pocket Monsters (Pokemon), o Super Game Boy 2, tem as mesmas características do Super Game Boy, porém com alguns elementos extras:

    - Porta para Link-Cable que permite "linkar" o Super Game Boy 2 com um aparelho Game Boy tradicional para disputa entre duas pessoas.

Virtual Boy

foi o primeiro e único videogame 3D do mundo. Foi lançado pela Nintendo em Agosto de 1995. Na período do lançamento, os jogos Galactic Pinball, Mario’s Tennis, Red Alarm e Teleroboxer também estavam disponíveis.

Virtual Boy

    Mesmo a Nintendo tendo um acordo com a Blockbuster Video para divulgação do Virtual Boy em suas lojas, esse aparelho foi o primeiro erro grave que a Nintendo teve no ramo dos videogames. Prometendo mais do que conseguia cumprir, o aparelho teve pouca aceitação no mercado deixando de ser fabricado pouco mais de um ano depois de seu lançamento.

    Estes eram os problemas encontrados no Virtual Boy:

    O preço inicial era de US$ 180,00 e cada jogo custava em torno e US$ 40,00. Era um preço alto para um aparelho de 2 cores com alguns jogos lançados.

    A quantidade de jogos que foi produzida era ridícula, e a qualidade era muito inferior aos jogos que eram produzidos para o Super Nintendo.

    Os anúncios diziam que o Virtual Boy era um aparelho portátil, porém, um aparelho só pode ser considerado portátil quando o mesmo possa ser jogado em qualquer lugar. O Virtual Boy necessitava de um mesa onde pudesse ser apoiado. (Há algumas informações sobre um acessório que quando encaixando no Virtual Boy, permitia prender o aparelho na cabeça do jogador. Não sei se esse acessório chegou a ser lançado).

    O aparelho conseguia produzir somente duas cores, vermelha e preta. Isto, porque se fosse colorido as baterias teriam pouca duração e o sistema custaria 3 vezes mais, e o efeito 3D que o console fazia não era muito empolgante.

    Crianças com menos de 7 anos não podiam jogar, pois poderia atrapalhar o desenvolvimento dos olhos.

    A própria Nintendo recomendava um descanso a cada 15-30 minutos caso contrário os jogadores poderiam ter enxaqueca. A maior parte dos jogos lançados vinham com a opção auto-pause para lembrar os jogadores de descansar.

    No Brasil, o Virtual Boy podia ser encontrado em qualquer loja especializada no gênero, mas eu não tenho certeza se o aparelho chegou a ser lançado oficialmente pela Gradiente.

Game Boy Pocket

O Game Boy passou pelo seu primeiro upgrade em 1996, com o lançamento do Game Boy Pocket.

Game Boy Pocket

    O Game Boy Pocket tem praticamente as mesmas características técnicas do Game Boy "Clássico" com exceção do tamanho e do tipo de pilha utilizada (e consequêntemente menor consumo).

Game Boy Pocket - Caixas

    No design, o GBP realmente faz jus ao nome "pocket". Ele é muito menor que o GBT, podendo ser guardado até mesmo no bolso.

Game Boy Pocket

    Diversas versões de Game Boy Pocket foram lançadas, numa tentativa de alcançar o maior número de pessoas possíveis. São elas: Silver (Prateado), Yellow (Amarelo), Red (Vermelho), Clear (Transparente), Black (Preto), Green (Verde), Blue (Azul), Milk Blue (Azul Transparente) e Ice Blue (Azul Metálico - Edição Limitada).

Game Boy Pocket - Cores Extras

No Brasil o Game Boy Pocket foi facilmente encontrado.

Game Boy Light

    O principal problema do Game Boy sempre foi a iluminação. Jogadores reclamavam da impossibilidade de se jogar em ambientes com baixa iluminação.

Game Boy Light - Silver

    A Nintendo resolveu lançar então, o Game Boy Light. Lançado somente no Japão, o Game Boy Light é uma versão com iluminação do Game Boy Pocket.

Game Boy Light - Caixa

    Compatível com todos os jogos lançados para o Game Boy Clássico / Pocket e com duas versões de cores disponíveis: Silver (Prateada) e Gold (Dourada).

Game Boy Light - Detalhe do Botão para Iluminação

    No Brasil, mas precisamente em São Paulo, houve uma "chuva" de Game Boy Light para venda. Era encontrado facilmente em qualquer ponto de venda de games, porém, nenhum desses aparelhos foi importado legalmente pela Gradiente (representante da Nintendo na época).

Nintendo 64

Em 23 de Agosto de 1993 a Nintendo anunciava o desenvolvimento de um avançado video-game de 64-bit em parceria com a Rare e com a Silicon Graphics (conhecida pelas máquinas que fizeram os efeitos especiais de Jurassic Park e Exterminador do Futuro 2).

    O codinome dado para esse projeto era "Project Reality" (Projeto Realidade).

    A Nintendo decidiu por entrar diretamente no processamento de 64-bit, para poder ter uma plataforma mais avançada que os video-games de 32-bit que já estavam no mercado da Sega e Sony (Saturn e PlayStation respectivamente). Porém, a Nintendo decidiu por continuar usando cartuchos, alegando que os CD-Rom não tinham velocidade suficiente para processar os complexos gráficos 3D que o "Project Reality" iria ter.

    Em 23 de Junho de 1994, a Nintendo finalmente oficializou o nome do "Project Reality" de Ultra 64. Durante a CES desse mesmo ano, a Nintendo mostrava para um público seleto a portas fechadas os dois primeiros jogos do Ultra 64: Killer Instinct e Cruis'n USA.

    A partir desse ponto, diversas empresas (Williams, Virgin, Electronic Arts, entre outras) anunciaram o desenvolvimento de jogos para o Ultra 64, aumentando a expectativa sobre o novo console.

    No final de 1995, a Nintendo já tinha o console pronto para ser apresentado com seu nome definitivo: Nintendo 64.

    Depois que as primeiras imagens e demos do jogo Super Mario 64 (criado por Shigeru Miyamoto) foram mostrados, todos no mundo dos games estavam ansiosos pelo lançamento do impressionante console.

    Em 20 de Junho de 1996 era lançado oficialmente no Japão o Nintendo 64. O versão americana chegava ao mercado 3 meses depois, em 29 de Setembro de 1996 alcançando enorme sucesso. O primeiro carregamento de 350.000 unidades foi vendida em apenas 3 dias.

Nintendo 64

    O controle do Nintendo 64 e outro item que impressiona. Apesar de grande, o controle tem ótima empunhadura, e permite que o controle seja utilizado em pelo menos 3 posições diferentes. No controle, encontra-se o tradicional direcional (em forma de sinal de mais "+"), direcional analógico, 6 botões na parte frontal, 2 botões na parte superior (L e R) e um na parte traseira (este botão pode muito bem ser utilizado para utilizar o controle como um revólver). Este controle permite o encaixe de alguns acessórios já lançados. O Memory Pack, que permite gravar a posição do jogo em que a pessoa parou e o Rumble Pack que faz com que o controle vibre de acordo com a ação no jogo. Esse acessório foi lançado juntamente com o Star Fox 64.

    O Star Fox foi um dos maiores sucessos da era Super Nintendo, conseguindo sucesso equivalente em sua versão para Nintendo 64.

    O jogo do Nintendo 64 mais aguardado pelos jogadores (e mais adiado pela Nintendo) foi sem dúvida nenhuma "The Legend of Zelda: Ocarina of Time". Ótimo jogo de RPG que começou sua história no antigo NES.

    Para manter seu console vivo por mais tempo, a Nintendo começou a trabalhar em 1998 em um novo periférico: O 64 DD (Disk Drive). O periférico permitia usar discos ópticos, e outros recursos não dispoíveis no Nintendo 64. Depois de vários problemas e adiamentos no lançamento, em meados de 1999, o 64 DD era lançado no Japão. Poucas unidades foram vendidas, e poucos jogos lançados. A Nintendo tinha planos de lançar o 64 DD no mercado americano, mas como o mercado japonês não recebeu o aparelho com muita alegria, a Nintendo decidiu cancelar o lançamento americano.

64 DD

 

    Alguns acessórios interessantes foram lançados para utilizar com o 64 DD, entre eles um mouse (que acompanhava o jogo Mario Artist), modem e um teclado.

 

    No ano 2000(?), a Nintendo aumentou a linha de cores disponíveis do Nintendo 64 se baseando em cores de frutas, batizada de "Linha Multisabores". Todos os aparelhos são translúcidos (transparentes) e estão disponíveis nas seguintes cores: Anis, Tangerina, Jaboticaba, Kiwi, Uva e Cereja.

    No Brasil, o Nintendo 64 foi lançado pela Gradiente (que detêm os direitos da Nintendo aqui no Brasil).

    O principal problema do Nintendo 64, principalmente no Brasil, é o preço de seus jogos. Os cartuchos custam um pouco mais caro que os jogos para aparelhos que trabalham com CD's. Mas a vantagem disso é que não existe nenhuma mensagem do tipo "Loading". :-)

Game Boy Color

 

    Atendendo as pressões realizadas pelas empresas fabricantes de software por um hardware novo, em março de 1998 a Nintendo começou a trabalhar em um upgrade para o Game Boy que foi apresentado no mesmo ano na E.C.T.S. O Game Boy Color foi lançado no dia 23 de Outubro de 1998 no Japão, dia 18 de Novembro de 1998 nos EUA, e dia 23 de Novembro de 1998 na Europa e em outras localidades.

Game Boy Color

    O Game Boy Color é muito parecido com o Game Boy Pocket. A diferença entre os dois (além do visor colorido) é o compartimento para se colocar as pilhas. O Game Boy Pocket usa duas pilhas AAA (conhecidas como pilhas palito) enquanto o Game Boy Color usa duas pilhas AA (pilhas pequenas). Isso faz com que o Game Boy Color seja um pouco mais largo (porém ainda menor que o Game Boy original).

    Internamente o Game Boy Color conta com um processador Zilog Z80, com velocidade duas vezes mais rápida que o Game Boy Original e três vezes mais memória. O portátil é capaz de mostrar 56 cores simultaneamente na tela, de uma palheta de 32.768 cores. Com esse hardware, as empresas fabricantes de software conseguiram criar excelentes jogos e com uma enorme riqueza de detalhes que não eram possíveis de serem atingidos com a tela monocromática do antigo Game Boy.

Game Boy Color

    Um recurso importantíssimo presente no Game Boy Color é a total compatibilidade com os jogos feitos para o antigo Game Boy e para o Super Game Boy. Além da compatibilidade, os jogos feitos para os consoles antigos ganham cores. É possível até mesmo linkar (usando o link cable) um Game Boy Color, com um Game Boy ou Game Boy Pocket. Essa compatibilidade fez do Game Boy Color, logo no seu lançamento, um portátil com uma enorme biblioteca de jogos.

    Alguns jogos feitos para o Game Boy Color também são compatíveis com os antigos Game Boy, porém foi um recurso usado somente em alguns jogos, em especial os lançados no início da vida do Game Boy Color. Os cartuchos específicos de Game Boy Color são transparentes, enquanto que os compatíveis com o antigo Game Boy são de cor preta.

Game Boy Color

    O último jogo lançado de Game Boy Color nos Estados Unidos que também é compatível com o antigo Game Boy e com o Super Game Boy foi "Dragon Warrior Monsters 2" (Setembro de 2001), e no Japão foi o jogo "From TV Animation - One Piece: Maboroshi no Grand Line Boukenhen!" (Junho de 2002). Isso fez do Game Boy um dos aparelhos que mais tempo ficou no mercado (1989-2002), ficando atrás do Atari 2600 (1977-1992), Famicom (1983-2003 no Japão) e Neo-Geo (1990-2004).

    Quando um jogo original de Game Boy é utilizado, é possível selecionar o padrão de cores que será usado. Isso é feito pressionando uma seqüência de botões enquanto o logo do Game Boy Color é exibido na tela. É ainda possível selecionar um padrão monocromático de cores que preserva o jogo em seu formato original. Os seguintes padrões, com seus respectivos botões, estão disponíveis:

       Cima: Marrom

       Cima + A: Vermelho

       Cima + B: Marrom Escuro

       Baixo: Pastel Mix

       Baixo + A: Laranja

       Baixo + B: Amarelo

       Esquerda: Azul

       Esquerda + A: Azul Escuro

       Esquerda + B: Monocromático (Cores Originais)

       Direita: Verde

       Direita + A: Verde Escuro (Padrão)

       Direita + B: Monocromático Invertido

    Além desses, muitos jogos desenvolvidos pela Nintendo tem um padrão de cores especial que é selecionado quando nenhum botão é pressionado. Qualquer jogo que não contenha padrão de cor especial será selecionado automaticamente o Verde Escuro (Direita + A).

 

    Uma inovação na parte de hardware do Game Boy Color é um dispositivo de Infra-vermelho localizado na parte superior do aparelho, que permite a troca de informações entre dois aparelhos. Apesar de não ter sito muito explorado, foi uma boa experiência que a Nintendo teve que seria muito bem utilizada no Nintendo DS.

Game Boy Color

    As inovações não ficaram somente no hardware do Game Boy Color. Experimentos foram feitos nos próprios cartuchos. Um dos recursos que foi muito solicitado foi a função de vibração (rumble). Com o aparelho já sendo vendido, essa função não poderia mais ser agregada ao hardware. Foi adicionada então ao cartucho. O cartucho (chamado de "Rumble Cartridges") é mais comprido que o comum, tendo na parte superior o compartimento para a bateria e a função de vibrar propriamente dita. A vibração não é muito forte como em um joystick dos consoles atuais, mas consegue atingir o seu propósito.

    Outro experimento realizado no próprio cartucho, e que com certeza seria utilizado no futuro da Nintendo (Wii!!), foi o sensor de movimento (chamado de "Tilt Cartridge"). Esse recurso foi utilizado no jogo "Kirby Tilt 'n' Tumble", onde através da movimentação do próprio Game Boy Color, o personagem se movimentava. Esse dispositivo foi desenvolvido pelo time R&D2 da Nintendo.

Game Boy Color - Caixa

Game Boy Color - Caixa - Verso

    Diversas versões de Game Boy Color foram lançadas ao longo dos anos. Inicialmente, no ano de lançamento 1998, as seguintes versões estavam disponíveis:

Atomic Purple - Roxo transparente

Berry - Vermelho

Dandelion - Amarelo

Grape - Roxo

Kiwi - Verde Claro

Teal - Cerceta - é uma tonalidade de verde (verde-azulado)

Edições Limitadas

Cardcaptor Sakura - Decorado com os desenhos da Sakura, com frente branca e botões e parte traseira em rosa. Lançado em 1999

Clear Blue - Azul transparente (ANA Airline)

Clear Orange - Laranja transparente, da Daiei, lançada no Japão em 1999 (Modelo CGB-S-DOKA)

Hello Kitty Special Box - Rosa claro com logotipo lançado em 1999

Hello Kitty Special Box 2 - Rosa claro com logotipo lançado no ano 2000

Panasonic - Roxo com logotipo

Sakura Taisen - Rosa transparente lançado no ano 2000

Tommy Hilfiger - Amarelo com logotipo Tommy

Tsutaya - Azul claro transparente com botões laranjas lançado no Japão no ano 2000

Edições Especiais

Clear - Transparente

Clear Black - Preto transparente, lançado no ano 2000

Clear Green - Verde Transparente

Ice Blue - Azul claro, edição da Toys 'R' Us

Jasco - Roxo transparente com desenho do Mario lançado em 1999

Jasco - Transparente com desenho do Mario lançado em 1999

Lawson - Azul Água e Branco Leite (Aqua Blue & Milky White) lançado em 1999

Lime - Verde Transparente, edição da Toys 'R' Us, lançada no Japão no ano 2000

Midnight Blue - Azul escuro, edição da Toys 'R' Us, lançada no Japão em 1999

Miranda - Laranja transparente com logotipo

Neotones - verde e dourado

Pink - Rosa

Yedigun - Laranja transparente com logotipo (Turquia, 2000)

Edições Especiais Pokémon

Pokémon Clear Blue - Azul transparente, decorado (Hong Kong)

Pokémon Clear Green - Verde transparente, decorado (Taiwan)

Pokémon Gold & Silver I - Exclusivo do Pokémon Center. Na tela, Pikachu do lado esquerdo e Chikorita, Cyndaquil e Totodile do lado direito. As palavras Pokémon Center e uma Poke Ball na parte de baixo

Pokémon Gold & Silver II - Prata, com a parte traseira em ouro. Muda de cor conforme o ângulo de iluminação. Exclusivo da Toys 'R' Us

Pokémon Orange & Blue - Laranja e azul, decorado e com logotipo

Pokémon Silver & Blue - Prata, com os botões e a parte traseira em azul

Pokémon Yellow & Blue - Amarelo e azul, decorado, com logotipo e botões coloridos

Pokémon Yellow - Amarelo, decorado. Parecido com o Amarelo e azul mas com poucos personagens na frente

    A Nintendo aproveitou o poder de processamento do Game Boy Color e relançou jogos feitos originalmente para o Game Boy, e até jogos feitos para o NES, usando as cores disponíveis no Game Boy Color além de adicionar novos recursos a esses jogos.

    Os últimos jogos lançados de Game Boy Color foram "Harry Potter and the Chamber of Secrets" (Novembro de 2002) nos Estados Unidos, "Doraemon no Study Boy: Kanji Yomikaki Master" (Julho de 2003) no Japão, e "Hamtaro: Ham-Hams Unite" (Janeiro de 2003) na Europa.

Game Boy Color - Completo

    A Nintendo conseguiu com o Game Boy Color mais um sucesso no mercado de portáteis vendendo até Dezembro de 2004, 49,27 milhões de aparelhos, sendo 11,86 milhões no Japão e 37,41 milhões divididos entre Estados Unidos, Europa e o restante do mundo.

    O Game Boy Color foi lançado no Brasil pela Gradiente e é totalmente compatível com os modelos fabricados no exterior.

Gamecube

Na Electronic Entertainment Expo (E³) de 1999 a Nintendo anunciava as características iniciais de seu novo projeto batizado de "Dolphin". Uma das primeiras coisas que a Nintendo quis deixar claro é que o novo sistema usaria mídias óticas, abandonando os tradicionais, caros e limitados cartuchos. O processador seria de 128-bit fabricado pela IBM, e não pela NEC que havia desenvolvido a MPU para o Nintendo 64.

    Diversas empresas se uniram ao projeto e as especificações finais foram anunciadas na Space World 2000 no dia 24 de agosto.

    A IBM, como dito anteriormente fabricaria o processador chamado "Gekko". O processador gráfico ficou a cargo de uma pequena empresa chamada ArtX, que posteriormente seria comprada pela ATI. Macromix e Factor 5 contribuíram no som e a Mosys cuidou da memória do sistema. O disco ótico seria de 8cm com capacidade de 1.5Gb fabricado pela Matsushita (também conhecida como Panasonic).

    O projeto então foi rebatizado para StarCube e finalmente recebeu o nome de GameCube.

Gamecube

    Um demo foi apresentando durante a feira chamado "Mario 128", onde 128 personagens do Mario andavam pela tela, todos com alta definição mostrando que o GameCube seria muito potente na área de texturas, isso graças ao método de compressão de texturas S3 "6-to-1" que permitia que as texturas fossem compactadas para 1/6 de seu tamanho original sem nenhuma perda de qualidade.

    Muitos questionaram o porque de não usar o padrão de DVD, permitindo maior capacidade de armazenamento e ainda a possibilidade de filmes. A resposta foi que a Nintendo não se importava com filmes e não iria pagar taxas para utilização do padrão de DVD. O GameCube seria um console para jogos, nada mais.

Gamecube

    O GameCube foi lançado no Japão no dia 14 de Setembro de 2001 disponível na cor roxa (purple). A falta de títulos no lançamento (somente 3: Luigi's Mansion, Super Monkey Ball, e Wave Race: Blue Storm) somada a uma campanha de marketing reduzida fez com que o lançamento do GameCube no Japão não fosse o tradicional sucesso vendendo somente 300.000 das 450.000 produzidas. Outro fator a ser considerado foi que a atenção do mundo estava toda voltada aos atentados de 11 de Setembro nos Estados Unidos.

Gamecube

    O lançamento do GameCube no mercado americano foi programado para 5 de Novembro de 2001. A Nintendo resolveu adiar o lançamento podendo assim produzir mais aparelhos e mais títulos. O lançamento oficial então foi dia 18 de Novembro de 2001 (apenas alguns dias após o lançamento do Xbox da Microsoft) com o preço de US$ 149,99. Mais de 700.000 consoles e 10 títulos estavam disponíveis no lançamento. Mesmo com outros dois consoles da mesma geração no mercado a Nintendo conseguiu vender totalmente o carregamento inicial.

Gamecube

    O sucesso foi o mesmo no mercado Europeu, em Maio de 2002. E na Austrália, o GameCube foi lançado em 17 de Maio 2002.

Gamecube - Trás

    Graficamente o GameCube é superior ao PlayStation 2 e em alguns momentos se iguala ao Xbox. Para armazenamento de informações, estão disponíveis os Memory Cards existindo 2 entradas na frente do GameCube. E nos controles, 4 entradas disponíveis permitindo divisão de tela em diversos jogos.

Gamecube

    Um ponto negativo no GameCube e com total culpa da Nintendo foi com relação a jogos online. Um adaptador de rede chegou a ser lançado para ser usado com o jogo Phantasy Star Online (quem diria, um jogo famoso da "Rival" Sega, que inaugurou os jogos online no Dreamcast, em um console da Nintendo :-D ). Porém não houve um investimento pesado da Nintendo para que isso desse certo.

Gamecube

    A Microsoft montou uma rede online sólida, com a Sony tentando fazer o mesmo (sem muito sucesso). Somente a Nintendo deixou isso totalmente de lado, investindo no conceito de "conectividade", onde usando o Game Boy Advance, ela mostrou novas maneiras de utilizar os dois aparelhos juntos, seja usando o GBA como um controle, ou transferindo informações entre os dois consoles. Mas mesmo com isso a rede online fez falta, em especial por causa de dois jogos que ficariam ótimos pela rede: Metroid Prime e Mario Kart.

Gamecube

    No geral o GameCube foi muito bem no mercado, especialmente em 2004/2005 com o lançamento de diversos jogos obrigatórios em qualquer coleção, porém sem o domínio que a Nintendo estava acostumada. Com exceção do Japão, onde o Xbox nunca vendeu bem, Sony e Microsoft sempre ficaram na frente da Nintendo na área de consoles domésticos.

Gamecube

    Cinco versão normais de GameCube foram lançadas:

Jet      

Preto. 1ª versão de Gamecube lançada, juntamente com a Indigo.

Indigo  

Roxo. 1ª versão de Gamecube lançada, juntamente com a Jet.

Spice  

Laranja, disponível inicialmente no Japão. O controle na cor laranja foi vendido em diversos locais do mundo.

Pearl White      

Branco, disponível somente no Reino Unido, acompanhado pelo jogo Mario Smash Football.

Platinum          

Console e controle na cor prata. Lançado no dia 3 de Novembro de 2002 ao preço de US$149,99.

    No Brasil o GameCube foi lançado pela Gradiente em 2004 sem muito sucesso. É difícil fazer com que o aparelho chegue por um preço razoável devido as altas taxas Brasileiras e mais difícil ainda concorrer com as importações ilegais.

    O final do ano de 2006 praticamente decretou o fim do GameCube, com a chegada dos consoles da nova geração (Xbox 360 e PlayStation 3) e o novo aparelho da Nintendo, o Wii.

Nintendo DS

 

   O Nintendo DS (abreviado como NDS ou DS, assim como iQue DS na China) é um videogame portátil desenvolvido e produzido pela Nintendo, lançado em 2004. Ele é visualmente distinto por seu design horizontal abre e fecha, similar ao Game Boy Advance SP, e a presença de duas telas, a inferior age como uma tela sensível ao toque. O sistema também possui um microfone embutido, e tem suporte a conexão sem-fio via Wi-Fi, permitindo uma interação entre os jogadores  dentro de uma pequena área (9-30 metros, dependendo das condições), ou pelo Nintendo Wi-Fi Connection, que permite batalhas multiplayer pela Internet com jogadores de todo o mundo.

As letras "DS" no nome foram criadas para significar tanto a expressão Dual Screen (duas telas) e Developers' System (sistema dos desenvolvedores), que se refere as características inovadoras do gameplay entre os desenvolvedores de jogos. O sistema foi apelidado de Project Nitro (projeto Nitro) durante seu desenvolvimento, assim como o Wii recebeu o codinome de Revolution.

No dia 2 de Março de 2006, a Nintendo lançou o Nintendo DS Lite, uma versão reestruturada do Nintendo DS, no Japão. Logo depois, no mês de junho foi lançado também na América do Norte e na Europa.